A manhã desta terça-feira (15/04) começou com transtornos em Manaus. A população foi surpreendida pela greve dos rodoviários, que paralisou grande parte do sistema de transporte coletivo da capital e afetou cerca de 500 mil pessoas, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram).
VEJA VÍDEO:
O movimento grevista foi confirmado ainda na tarde de segunda-feira (14/04) e é liderado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus (STTRM). A categoria reivindica reajuste salarial e a manutenção dos cobradores nos ônibus. “Esse foi nosso último recurso. Já tentamos diversas tratativas de acordo, mas sem sucesso. Agora vamos pra guerra”, declarou Givancir Oliveira, presidente do sindicato.
A paralisação ocorre após denúncias de corte de pessoal nas empresas de transporte. Durante uma fiscalização da Câmara Municipal no dia 25 de março, foi constatada a circulação de ônibus da empresa Via Verde sem cobradores — o que acirrou os ânimos da categoria.
Em resposta à greve, o Sinetram acionou o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, que determinou, por meio de liminar, a manutenção de 70% da frota nos horários de pico (das 6h às 9h e das 17h às 20h) e 50% nos demais horários. O descumprimento pode gerar multa de R$ 60 mil por hora.
Além disso, a Justiça proibiu bloqueios nas garagens das empresas e qualquer ação que impeça o funcionamento dos serviços essenciais. As manifestações devem ocorrer a, no mínimo, 150 metros dos portões das empresas.
Enquanto a negociação segue sem avanço, a população manauara enfrenta mais um dia de dificuldade, com paradas lotadas, atrasos e muita incerteza sobre os próximos passos do transporte público na cidade.