Eleição presidencial no Uruguai define manutenção da direita ou guinada à esquerda

Foto: Divulgação

O Uruguai deve escolher seu próximo presidente neste domingo, 24, quando ocorre o segundo turno das eleições gerais no país.

Na disputa, figuram o candidato de oposição de centro-esquerda, Yamandú Orsi, e o conservador Álvaro Delgado, apoiado pelo atual presidente do país, Luis Alberto Lacalle Pou.

As últimas pesquisas de opinião mostram uma disputa muito apertada, com menos de 25 mil votos de diferença entre os dois candidatos. Os colégios eleitorais abriram às 8h e fecharão às 19h30. Os primeiros resultados são esperados cerca de duas horas depois do fechamento.

As últimas pesquisas de opinião mostram uma disputa muito apertada, com menos de 25 mil votos de diferença entre os dois candidatos. Os colégios eleitorais abriram às 8h e fecharão às 19h30. Os primeiros resultados são esperados cerca de duas horas depois do fechamento.

Orsi afirmou que não pretende implementar mudanças drásticas no país, conhecido por sua moderação política. Delgado, por sua vez, pediu aos eleitores que “continuem escolhendo um bom governo”, a fim de capitalizar a popularidade de Lacalle Pou, que, pela Constituição, não pode concorrer à reeleição imediata.

Nenhuma das duas coalizões conquistou maioria absoluta na Câmara dos Deputados nas eleições de outubro. No entanto, o Frente Ampla de Orsi garantiu 16 dos 30 assentos no Senado, argumento usado por Orsi para afirmar que está em melhor posição para liderar o próximo governo.

Ambos os candidatos esperam atrair cerca de 8% dos eleitores do primeiro turno que votaram em partidos menores e independentes, além dos que se abstiveram em outubro.

Apesar disso, nenhum dos dois apresentou novas propostas nas últimas semanas para atrair esses eleitores.

Orsi, que propõe uma abordagem política de “esquerda moderna”, obteve 43,9% dos votos no primeiro turno, em outubro, pelo partido Frente Ampla. Já Delgado conquistou 26,8% dos votos. Contudo, Delgado tem o apoio do conservador Partido Colorado, que, junto ao seu Partido Nacional, somou quase 42% dos votos.

A solidez da economia uruguaia pode favorecer Delgado neste domingo. “Há poucos sinais de que os eleitores estejam clamando por uma mudança política significativa”, afirmou Nicolás Saldías, analista uruguaio da Economist Intelligence Unit, à agência Reuters.

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