Brasil – Um vídeo publicado nas redes sociais nesta semana chamou a atenção para um risco que muitos motociclistas enfrentam diariamente nas ruas e avenidas do Brasil: o uso criminoso de cerol em linhas de pipa.
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O motoboy conhecido como Alemão, que trabalha com entregas em São Paulo, registrou o momento em que uma linha com cerol ficou presa em sua motocicleta enquanto ele passava por um viaduto.
A situação aconteceu de forma repentina. A linha cortante enroscou nas partes frontais da moto e ainda atingiu partes do corpo do entregador, que só não sofreu ferimentos mais graves graças à antena de segurança instalada no guidão — item que pode ser o diferencial entre a vida e a morte para muitos profissionais da categoria.
No vídeo, visivelmente abalado com o ocorrido, Alemão alerta colegas motoboys sobre a importância de manter o equipamento de proteção, mas também critica duramente aqueles que continuam usando cerol para soltar pipas, mesmo com os riscos que isso representa.
“Cara, isso aqui mata. O que mais precisa acontecer pra essa molecada entender?”, desabafa. O cerol é uma mistura feita com cola e vidro moído (ou pó de ferro), e é aplicada na linha da pipa com o objetivo de cortar outras linhas durante “batalhas no ar”.
No entanto, a brincadeira tem consequências trágicas quando esse fio se estende pelas vias públicas e atinge motociclistas, pedestres ou ciclistas. Já houve casos fatais no país em decorrência de cortes profundos causados por essas linhas.
Vale lembrar que, em muitos estados brasileiros, a posse, fabricação, venda e uso de cerol é terminantemente proibida por lei, podendo configurar crime de perigo para a vida ou saúde de outrem, com penas que variam de multas à detenção.
O caso serve de alerta para autoridades intensificarem a fiscalização, especialmente durante o período de férias escolares, quando aumenta o número de pipas nas ruas — e, com elas, a imprudência.
Para profissionais das entregas, o uso da antena corta-pipa deve ser considerado item obrigatório de segurança, ao lado do capacete e dos equipamentos de proteção individual.
VEJA VÍDEO: