Suframa reage a críticas e reafirma que Zona Franca é pilar da preservação ambiental e do desenvolvimento da Amazônia

Foto: Divulgação

MANAUS (AM) – A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) reagiu, nesta terça-feira (11/11), às críticas publicadas em uma coluna do jornal Valor Econômico, que associava os incentivos fiscais do modelo amazônico à falta de sustentabilidade. Em nota oficial, o órgão federal classificou o artigo como “equivocado e parcial”, e reforçou que a Zona Franca de Manaus (ZFM) é essencial para o equilíbrio entre crescimento econômico e conservação ambiental na Amazônia.

De acordo com a autarquia, o modelo da ZFM é um exemplo mundial de política pública que une geração de empregos e preservação da floresta.

“A Zona Franca é responsável por manter a floresta em pé, ao concentrar a atividade industrial em Manaus e reduzir a pressão sobre o interior da Amazônia”, destacou a nota.

A Suframa também defendeu o papel dos incentivos fiscais, argumentando que eles não representam perda para o país, mas sim uma forma de redistribuição regional. Citando dados do IBGE, o órgão lembrou que o Amazonas tem uma das maiores participações de tributos no PIB, alcançando 16,08% em 2022. Além disso, estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que o estado responde por apenas 1,74% da renúncia fiscal nacional — bem menos do que as regiões Sul e Sudeste, que concentram mais de 60% desses benefícios.

Atualmente, o Polo Industrial de Manaus (PIM) gera aproximadamente 500 mil empregos diretos e indiretos, sustentando a economia local e garantindo renda a milhões de pessoas. A Suframa ressaltou que as indústrias instaladas no polo têm forte compromisso com a inovação, tendo investido R$ 1,48 bilhão em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) apenas em 2023.

Sobre as críticas à produção de eletroeletrônicos e aparelhos de ar-condicionado, o órgão explicou que esse perfil industrial faz parte de uma estratégia que impulsiona tecnologia e inovação no país. A Suframa também afirmou que o fortalecimento da bioeconomia não deve ser visto como substituição ao modelo atual, mas como um complemento que depende da base econômica sólida mantida pela ZFM.

“A Zona Franca é o motor que garante estabilidade e estrutura para o avanço de novas cadeias produtivas sustentáveis na Amazônia”, concluiu a nota, reforçando que o modelo, vigente até 2073, continuará sendo um pilar do desenvolvimento regional e da proteção ambiental.

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