Presidente do diretório municipal do União Brasil e pré-candidata à reeleição defende que a inclusão de mais mulheres na política é uma questão não só de justiça, mas de interesse público
A prefeita de Presidente Figueiredo, Patrícia Lopes, dirigente municipal do União Brasil e pré-candidata à reeleição, participou nesta sexta-feira (19/04), de reunião estratégica de lideranças partidárias do Amazonas, convocada pela Ouvidoria da Mulher, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), para discutir a participação feminina na política.
Para Patrícia Lopes, a participação feminina na política é importante para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Primeira mulher a comandar a prefeitura de Presidente Figueiredo, depois de ter presidido o legislativo municipal, ela defende que esta conquista feminina não pode parar e precisa continuar avançando.
“Vamos continuar crescendo, ocupando os espaços de poder aos poucos. Estamos otimistas que o aumento da presença de mulheres em mandatos eletivos terá reflexo positivo na sociedade civil como um todo”, disse.
Durante o evento, que contou com a presença do presidente do TRE-AM, desembargador Jorge Manoel Lopes Lins, da vice-presidente e corregedora, desembargadora Carla Reis, e da juíza auxiliar da presidência e Ouvidora da Mulher, juíza Lídia Carvalho, que dirigiu os trabalhos, a defesa da garantia da participação feminina igualitária no processo decisório dos partidos foi colocado como sendo algo essencial para promover igualdade entre os gêneros dentro dos próprios partidos e, em última instância, dentro da sociedade como um todo.
O presidente do TRE-AM orientou os dirigentes partidários a incentivar e apoiar as candidaturas femininas.
“A garantia da participação feminina igualitária no processo decisório dos partidos é essencial para promover igualdade entre os gêneros dentro dos próprios partidos e, em última instância, dentro da sociedade como um todo”, enfatizou.
A ouvidora da Mulher, Lídia Carvalho defendeu que a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres não são apenas direitos humanos, mas são também imperativos para atingir o desenvolvimento inclusivo, igualitário e sustentável. Não há igualdade de fato, se as mulheres não alcançarem espaços de poder na mesma proporção que os homens.
A juíza destacou que os dirigentes partidários observem a legislação eleitoral, que assegura as candidaturas femininas, que as mulheres não sejam “usadas” apenas para cumprir as cotas e que os dirigentes tenham senso de responsabilidade e assegurem as condições necessárias e legais para que as mulheres tenham uma maior participação.
A magistrada alertou que a Justiça Eleitoral fará uma fiscalização mais presente sobre a aplicação correta dos recursos do Fundo Partidário.
Lídia Abreu lembrou que a intenção da TRE-AM é fortalecer o papel das mulheres na política local, incentivando a equidade de gênero e o empoderamento feminino por meio de uma participação mais ativa e decisiva nos partidos políticos do Amazonas.
“Este encontro chega em um momento crítico, uma vez que dados mostram que, apesar de mulheres representarem cerca de 40% a 50% dos filiados aos partidos, elas ocupam apenas 10% dos cargos de liderança. Essa desproporção se reflete ainda mais no cenário global, onde menos de 20% dos assentos parlamentares são ocupados por mulheres, evidenciando uma significativa lacuna na representação política feminina”, destacou a ouvidora da mulher do TRE-AM.
A ouvidora de Mulher, responsável pelo projeto “Participação Feminina nos Partidos Políticos”, da justiça eleitoral do Amazonas, disse que a reunião desta sexta-feira foi fundamental para determinar os próximos passos do projeto e avaliar o compromisso dos partidos políticos com a equidade de gênero.
“Os resultados dessa discussão poderão definir a direção futura das políticas de igualdade de gênero no estado e, possivelmente, servir como um modelo para outras regiões do país”, enfatizou.
Durante a reunião, a advogada Rosely Fernandes, da Ouvidoria da Mulher, apresentou um panorama sobre a participação feminina na política e destacou que será a partir de uma mudança de comportamento dentro dos partidos políticos, de valorização e participação das mulheres nessas estruturas, que haverá uma mudança na sociedade.
Fotos: Igor Rabelo