Maria do Carmo entra na Justiça contra secretária de Saúde de Manaus por censura a servidores

Foto: Divulgação

Manaus (AM) – A empresária e ex-candidata a vice-prefeita Maria do Carmo Seffair (Novo) moveu uma ação popular contra a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e sua titular, Shádia Fraxe, por uma portaria que restringe manifestações de servidores nas redes sociais. O documento, segundo a ação, configura censura prévia e viola a liberdade de expressão garantida pela Constituição.

O que diz a portaria da Semsa?

A norma, alvo da ação judicial, estabelece:

  • Proibição de críticas à gestão sem autorização prévia da chefia;
  • Vedações ao uso de logos oficiais da Semsa ou da Prefeitura em publicações;
  • Restrições à divulgação de imagens, vídeos ou áudios de serviços públicos.

Maria do Carmo argumenta que a medida “instaura um mecanismo de controle discursivo” e fere:

Liberdade de expressão (Art. 5º, IV e IX da CF);
Princípio republicano (transparência e responsabilidade pública);
Direitos coletivos ao atingir até mesmo terceiros não vinculados à Semsa.

Pedidos na Justiça

A ação, protocolada pelo escritório Jorge Henrique Melo Advogados, requer:

  1. Suspensão imediata da portaria;
  2. Condenação da Prefeitura e de Shádia Fraxe ao pagamento de custas processuais.

“Não se trata apenas de ilegalidade, mas de um ataque à moralidade administrativa”, diz trecho da ação.

Repercussão

O caso reacende o debate sobre:

  • Limites da gestão pública sobre manifestações de servidores;
  • Transparência na administração municipal;
  • Direitos fundamentais no serviço público.

A Semsa e a Prefeitura de Manaus não se manifestaram até o fechamento desta matéria. A Justiça do Amazonas deve analisar o pedido de liminar nos próximos dias.

Contexto: Maria do Carmo, mantenedora do Grupo Fametro, tem se destacado como crítica frequente às políticas do prefeito David Almeida, especialmente em questões urbanas e de gestão.

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