A juíza da Flórida Aileen Cannon adiou indefinidamente o julgamento por suposta gestão indevida de documentos sigilosos do ex-presidente Donald Trump, citando questões significativas em torno de evidências classificadas que precisariam ser resolvidas antes que o caso criminal federal vá a júri.
Em uma ordem na terça-feira, Cannon cancelou a data do julgamento marcado para 20 de maio e não definiu uma nova data. Enquanto Trump estava no tribunal criminal nesta terça-feira (7/05) para seu julgamento secreto em Nova York, o movimento de Cannon significa que não há datas de julgamento atualmente definidas para os outros três processos criminais contra ele.
Ao adiar indefinidamente o julgamento dos documentos confidenciais, a ordem de Cannon torna improvável que o julgamento ocorra antes das eleições presidenciais de novembro – e potencialmente após elas.
O novo cronograma da juíza detalha todas as disputas legais que Cannon deve decidir antes que um júri possa ouvir o caso. Cannon disse que esse processo levará pelo menos até o final de julho deste ano.
Na ordem emitida, Cannon observou que existem oito moções substanciais pendentes que ela ainda precisa decidir. Ela também reiterou que acredita que as alegações de manuseio inadequado de segurança nacional no caso “apresentam questões novas e difíceis”.
O adiamento ainda mais prolongado do julgamento também poderia colocar os dois casos federais de Trump em rota de colisão.
Além dos casos de Nova York e Flórida, Trump foi acusado em Washington e Geórgia de tentar anular os resultados das eleições de 2020, vencidas pelo democrata Joe Biden, seu adversário em novembro. A audiência terá início em 24 de junho e está prevista para durar três dias.
A decisão de Cannon é uma grande vitória para o candidato republicano à presidência em 2024. O procedimento dará a Trump e seus advogados uma plataforma para expor teorias infundadas sobre a acusação, incluindo a acusação de que é politicamente motivada.