Segundo o senador, existem supostos indícios de favorecimento de empresas e possibilidade de uso dos contratos para “promoção da imagem pessoal” de Lula.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) apresentou uma representação ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitando uma investigação e a suspensão da licitação conduzida pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). A licitação, no valor de R$ 197 milhões, visa contratar agências de publicidade para gerenciar as redes sociais do governo federal.
Flávio Bolsonaro alega supostos indícios de favorecimento a empresas específicas e expressou preocupação com a possível utilização dos contratos para promover a imagem pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o senador, essa ação poderia configurar um ato de improbidade administrativa.
A representação também levanta questões sobre a transparência e a lisura do processo licitatório. Flávio Bolsonaro contesta a desclassificação de duas empresas, Moringa L2W3 e Área Comunicação, após a abertura dos envelopes, alegando que não apresentaram todos os documentos exigidos pelo edital.
Além disso, o senador manifestou preocupação com o possível uso das agências para monitorar e eventualmente perseguir adversários políticos, citando a alínea b do item 2.1 do edital, que menciona medidas de moderação de conteúdo e perfis em redes sociais, sugerindo a criação de um “provável Gabinete de Perseguição”.
O governo Lula defendeu a mudança na comunicação digital como uma estratégia para elevar os índices de popularidade do presidente, que têm sofrido quedas nas pesquisas desde o início do ano. As agências contratadas devem se responsabilizar pela criação e implementação de comunicação digital inovadora, incluindo o uso de inteligência artificial para análise de sentimento de notícias.
A Secom ainda não se pronunciou sobre a representação feita pelo senador Flávio Bolsonaro. O TCU agora analisará a solicitação e decidirá se tomará medidas em relação à licitação contestada pela oposição.