Os moto-entregadores antecipam-se contra o que chamam de “facada” do Governo Federal.
Nesta segunda-feira, 11, entregadores de aplicativos em Manaus realizaram uma manifestação em repúdio à Proposta de Lei Complementar (PLP) 12/2024 apresentada pelo governo Lula. A proposta tem como objetivo regulamentar o trabalho dos motoristas de aplicativo, porém, enfrenta resistência significativa por parte dos moto-entregadores, que temem um aumento da carga tributária sobre a categoria. O protesto ocorreu simultaneamente em outras cidades brasileiras.
O ponto central de preocupação para os manifestantes é que a PLP 12/2024, inicialmente aplicável apenas aos motoristas de aplicativos que utilizam carros, possa, no futuro, abranger também os veículos de duas rodas. Os entregadores argumentam que a proposta cria uma nova categoria denominada “trabalhador autônomo por plataforma”.
Os moto-entregadores antecipam-se contra o que chamam de “facada” do Governo Federal, sob a gestão do PT, expressando receios quanto ao aumento da carga tributária e taxas sobre seus ganhos, sem a garantia de direitos correspondentes. A principal preocupação reside na possibilidade de uma elevação excessiva da arrecadação de impostos no Brasil, impactando diretamente a categoria.
Além disso, os entregadores presentes no protesto em Manaus rejeitam a representação de Alexandre Matias, conhecido como Matias dos Apps, que afirma ser representante sindical. De maneira unânime, os manifestantes afirmam não reconhecer qualquer sindicato e destacam a importância de uma representação que verdadeiramente defenda os interesses dos moto-entregadores diante das mudanças propostas pela PLP 12/2024.
“A regulamentação praticamente já decidiram tudo. E a gente não quer a regulamentação da forma como ela está sendo imposta. E lembrando que a PLP que foi lançada para à Câmara dos Deputados, ela é uma PLP pra carro, porém o Lula já falou que vai obrigar as plataformas de entregadores a aceitar. E eu não vou esperar o aplicativo definir o que eu vou ganhar eu não vou esperar pessoas que não me representa decidirem por mim, eu não vou esperar o governo decidir”, disse um dos manifestantes.