Apesar de ter sido cassado pelo TSE em maio, o ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato no Paraná comemora menções em pesquisas.
Deltan Dallagnol, ex-procurador e figura central da Operação Lava Jato, está se lançando como pré-candidato à prefeitura de Curitiba nas eleições deste ano pelo partido Novo. Apesar de enfrentar desafios jurídicos consideráveis devido a sua cassação pela Justiça Eleitoral em 2023, Dallagnol expressa otimismo em relação à sua eventual candidatura.
O ex-procurador teve seu mandato de deputado federal cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por alegada violação à Lei da Ficha Limpa, principalmente devido à exoneração do Ministério Público antes do início de processos administrativos relacionados à Lava Jato. Mesmo assim, Deltan alega não considerar-se inelegível e afirma que as questões serão debatidas nos tribunais competentes.
Nas redes sociais, Dallagnol comemora menções em pesquisas e reforça a ideia de que a “República de Curitiba”, termo associado à Lava Jato, merece ser liderada por pessoas íntegras.
Especialistas em direito eleitoral têm uma visão crítica sobre a interpretação de Deltan em relação à sua situação legal. Thales Tácito Cerqueira e Raquel Machado, consultados pela Folha, enfatizam que a inelegibilidade reconhecida pelo TSE impõe desafios significativos à candidatura do ex-procurador.
Deltan Dallagnol, atualmente ocupando o cargo remunerado de “embaixador nacional” no Novo, recebeu o apoio como o deputado federal mais votado do estado em 2022. Sua possível candidatura à prefeitura de Curitiba tem despertado interesse e levantado debates sobre a aplicação da Lei da Ficha Limpa e os desdobramentos legais envolvendo ex-agentes públicos.