Capitão Alberto Neto é o único deputado federal do Amazonas a assinar pedido de CPI que vai investigar atuação da Usaid no Brasil

Foto: Divulgação

O deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM) está entre os 100 parlamentares que assinaram o pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Usaid na Câmara dos Deputados.

A proposta, articulada por deputados de oposição ao governo Lula e liderada por Gustavo Gayer (PL-GO), tem como objetivo investigar a atuação da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) no Brasil, com foco em possíveis interferências nas eleições de 2022 e no financiamento de ONGs que atuam na Amazônia.

Gustavo Gayer, um dos principais defensores da CPI, destacou que as informações disponíveis sugerem uma influência significativa da Usaid em debates políticos e legislativos no Brasil. “As informações que nós tivemos até agora nos levam a crer que boa parte do debate político que acontece no Brasil, da criação de novas leis, da censura, da perseguição de determinado lado do espectro político, foi fundamentada em decisões fora da nossa fronteira, em uma outra nação, com agências financiadas por dinheiro público de outra nação”, afirmou.

Se aprovada, a CPI da Usaid terá poderes para convocar representantes da agência americana, de ONGs beneficiadas por seus recursos e de autoridades brasileiras para prestar esclarecimentos. O requerimento para a abertura da Comissão menciona a necessidade de apurar supostas interferências da Usaid em processos eleitorais, incluindo estratégias como “censura, regulação das redes sociais, promoção de debates políticos direcionados e atuação na construção de narrativas midiáticas que favorecem agendas políticas específicas, não necessariamente alinhadas aos interesses do povo brasileiro”.

A iniciativa reflete a preocupação de parte do Congresso com a influência de agentes internacionais em questões internas do país. Para Capitão Alberto Neto e outros parlamentares que apoiam a CPI, a investigação é essencial para garantir a soberania nacional e transparência nas relações entre o Brasil e organizações estrangeiras.

A proposta ainda depende de aprovação no plenário da Câmara, mas já gera debates acalorados sobre os limites da atuação de agências internacionais no Brasil e seus impactos na política e na sociedade.

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