Bolsonaro nega tentativa de golpe e admite que pode ser preso

Foto: Divulgação

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou ter participado do suposto plano golpista, pelo qual foi indiciado pela Polícia Federal, mas admitiu que estudou “todas as medidas possíveis dentro das quatro linhas” da Constituição, como o Estado de sítio.

“O (Michel) Temer disse uma obviedade: golpe de Estado tem que ter a participação de todas as Forças Armadas, senão não é golpe de Estado. Ninguém dá golpe de Estado em um domingo, em Brasília, com pessoas que estavam aí com bíblias debaixo do braço e bandeira do Brasil na mão, nem usando estilingue e bolinha de gude e muito menos batom”, disse.

O ex-presidente concedeu uma entrevista, na noite desta segunda-feira (25), ao chegar no Aeroporto de Brasília após passar férias em São Miguel dos Milagres, no litoral de Alagoas. Segundo Bolsonaro, “ninguém vai dar golpe com um general da reserva e meia dúzia de oficiais”. Além dele, outras 36 pessoas – entre ex-ministros, aliados e militares – foram indiciadas pela PF.

“Não tinha um comandante… Vamos tirar da cabeça isso aí. Ninguém vai dar golpe com um general da reserva e meia dúzia de oficiais, é um absurdo o que estão falando. Da minha parte nunca houve discussão de golpe”, afirmou.

Prisão

Durante a coletiva, Bolsonaro foi questionado se temia ser preso após o novo indiciamento, ele afirmou que pode ser detido a qualquer momento. “Eu posso ser preso agora, ao sair daqui (do Aeroporto de Brasília)”, apontou.

A expectativa é que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes envie à Procuradoria-Geral da República (PGR) o relatório da PF sobre a suposta trama golpista nesta terça (26).

O advogado Paulo Cunha Bueno, que representa o ex-presidente, disse ter “convicção” que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá “cautela” ao analisar o caso.

“O procurador-geral da República é uma pessoa extremamente respeitada. Temos convicção de que terá toda cautela ao analisar a investigação. Esperamos que o Ministério Público Federal tenha uma participação que não pôde ter ao longo do tempo nessa investigação”, afirmou Bueno ao lado de Bolsonaro.

Fonte: Gazeta do Povo

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