Alexandre de Moraes determina apreensão do celular de ex-assessor do TSE

A ação busca investigar o vazamento de informações sigilosas contidas em mensagens entre perito e o juiz do STF.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira a apreensão do celular de Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A ação faz parte de uma investigação sobre o vazamento de informações confidenciais trocadas entre Tagliaferro e o juiz do Supremo, Airton Vieira, reveladas pelo jornal Folha de S.Paulo.

As mensagens indicam o uso extraoficial do TSE por Moraes para a produção de relatórios que embasaram medidas criminais contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo o jornalista Rodrigo Constantino e o ex-apresentador Paulo Figueiredo. Segundo as informações, esses relatórios foram solicitados pelo gabinete de Moraes, mas sem registro oficial.

Tagliaferro havia sido preso em maio de 2023 por violência doméstica, ocasião em que seu celular foi apreendido pela Polícia Civil de São Paulo. No entanto, ele alega que o dispositivo foi devolvido a ele seis dias depois, já desbloqueado e corrompido, o que o levou a “jogar fora” o aparelho. Ele nega envolvimento no vazamento das mensagens.

Após a recusa de Tagliaferro em entregar voluntariamente o celular às autoridades, Moraes ordenou a apreensão do dispositivo para aprofundar a investigação sobre a origem e a divulgação das mensagens, que, segundo a Folha, foram utilizadas para justificar ações contra bolsonaristas durante a gestão de Moraes no TSE.

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