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Ataque em escola: pai do adolescente é indiciado por posse irregular de arma

O ataque aconteceu na segunda-feira (23). O pai do responsável pelo atentado foi ouvido pela Polícia Civil no dia

A Polícia Civil paulista indiciou por posse irregular de arma e omissão de cautela o pai do adolescente de 16 anos responsável pelo ataque na Escola Estadual Sapopemba, na zona Leste da capital paulista, que terminou com uma estudante morta e três feridos.

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A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo nesta quinta-feira (26).

De acordo com a SSP, o pai do menor infrator, um motoboy de 51 anos, vai responder com base no Estatuto do Desarmamento. Apesar de a arma ser registrada desde 1994, ele não teria feito o recadastramento.

Segundo a investigação, o ataque ocorrido na segunda-feira (23) foi praticado com um revólver calibre 38. O adolescente pegou a arma e a munição usadas no crime na casa do pai, no ABC Paulista, durante o fim de semana.

O pai do responsável pelo atentado foi ouvido pela Polícia Civil no dia seguinte.
Em uma entrevista o homem contou que comprou a arma quando trabalhava com corte e religação de água.
“Tinha um trabalho de risco. Muitos funcionários andavam armados, mas é uma besteira. Na época, era moleque novo”, disse.

“Arma é uma coisa negativa. Quem tem arma em casa, entregue. Tive por 29 anos e nunca usei. Olha a tragédia que causou na minha vida”, disse o pai do adolescente.

Ele ainda relatou que nunca imaginou que o filho pudesse cometer um atentado.

“Estou muito abalado com o que aconteceu. Não via potencial no meu filho para cometer uma tragédia dessa”, afirmou.

O caso

Giovanna Bezerra da Silva, de 17 anos, foi morta com um tiro na cabeça. Outras duas alunas de 15 anos foram baleadas, uma com um tiro na clavícula e outra na região do abdômen. Um quarto estudante ficou ferido na mão após quebrar uma janela para fugir do ataque. Todos os feridos já receberam alta hospitalar.

Esse é o segundo ataque a uma escola estadual registrado este ano em São Paulo.

Câmeras de segurança da escola registraram a ação do adolescente armado.

Em nota, o governo de São Paulo lamentou o episódio e se solidarizou com as famílias das vítimas. “Neste momento, a prioridade é o atendimento às vítimas e apoio psicológico aos alunos, profissionais da educação e familiares”, informou.

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